Não espere encontrar aqui um emaranhado de números ou de contas. A minha proposta para as finanças do Fluminense deficitárias desde sempre, é estabelecer e cumprir princípios básicos e essenciais. Tomo como base uma entrevista do atual presidente: “Os jogadores ficam com a maior parte dos prêmios e o clube com todas as despesas com os campeonatos. Algo que só a loucura de rasgadores de dinheiro explica. Trabalharemos com princípios:

O primeiro princípio é ter responsabilidade quando se assinam os contratos. Não é mais possível perpetuar a ideia de fazer despesas sem ter a exata noção da capacidade de pagamento. Hoje assinam-se contratos com jogadores e técnicos por prazos que se sabe, antecipadamente, pelo histórico, que serão encerrados antes do tempo. O resultado é o aumento significativo do passivo do clube. É inconcebível, por exemplo, o Fluminense pagar três comissões técnicas em uma mesma temporada.

O segundo princípio é da transparência. Contra ela usa-se o argumento da confidencialidade em razão da forma como o mercado funciona. Mas, não pode haver confidencialidade para os conselhos fiscal, diretor e deliberativo, órgãos de controle do clube.

O terceiro princípio, o mais básico de todos, usar a razão e não a emoção na hora de gastar. A decisão do gestor deve pautar as finanças e não o coração de torcedor. Gerir com a razão e movimentar o clube pela paixão, esse sim é o ideal e correto.

O quarto princípio é não deixar escapar nenhuma oportunidade de receita. O mau uso do marketing do Fluminense é um exemplo recorrente de oportunidades de receita perdidas. O Fluminense não trabalha com a ativação da marca. Tudo o que recebe de prêmios gasta, imediatamente, em novas contratações.